Revolução
de 64
RESUMO
Este trabalho visa fazer uma
breve apresentação do contexto histórico dos governos de Jânio Quadros, João
Goulart e do golpe militar. Iniciemos então por Janio que ao ser eleito em 1960
com a maior votação da historia brasileira, achou-se no direito de governar
a margem dos partidos políticos. Acreditamos
que esse fato tenha desencadeado no processo de “perseguição” política e
pessoal, até culminar no golpe militar. Assim, em 31 de março de 1964 aconteceu
à maior revolução militar de toda a historia
do Brasil. Era dado o golpe militar, onde várias tropas se reuniram com um
único objetivo, a deposição de João Goulart, da presidência, sob acusação de
que ele seria simpatizante de forças internacionais comunistas. Assim, podemos observar
as principais tropas que deram o pontapé inicial ao golpe sendo estas: As
tropas do general Olímpio Mourão Filho, vindas de Minas Gerais; Apoio do
comandante do II Exército, de São Paulo; Governador Magalhães Pinto, de Minas
Gerais; Ademar de Barros, São Paulo; Carlos Lacerda, Guanabara;
Palavras
chaves: Governo Jânio Quadros. Governo João Goulart. O golpe militar
Viemos
por meio deste artigo de caráter original, por ter questões e opiniões
próprias, logicamente que adquiridas a partir de estudos de fontes, porém estas
serviram apenas como base de pesquisas. Outro caráter presente é o relato de
casos, visto que citamos alguns relatos acontecidos dentro dos governos
especificamente do Janio quadros e João Goulart, até chegar à ditadura.
No
entanto, o que buscamos nesse trabalho e descobrir mesmo que forma ingênua o que
levou de fatos ao militares bolarem e efetivarem ”esse golpe”. Para isso, foi
necessário um estudo mais aprofundado no contexto histórico dos governos
envolvidos.
Dessa
forma, no desenvolvimento estão presentes informações que acreditamos ser
necessárias, e essenciais a compreensão da efetivação do golpe em si.
2-DESENVOLVIMENTO
2.1-
Contextos histórico de Janio Quadros
Para
que possamos entender o que foi a “revolução de 64”, é necessário conhecer um
pouco sobre o processo histórico que culminou nessa revolução.
Vejamos
então o contexto do governo de Jânio Quadro, considerando um típico líder
populista afirmava que ao passo em que fosse eleito iria “varrer toda a
corrupção” do governo, falava isso de maneira clara e objetiva. Com o intuito
de reforçar essa imagem de político honesto, usava uma vassoura como símbolo de
sua campanha.
Quando
Jânio assumiu o governo em 1961, a inflação e a dívida brasileira estavam
altas, e uma boa parte dela tinha que ser paga até o final daquele ano. Com
isso o governo Jânio decidiu então restringir os gastos, assim ele diminuiu o
débito aos empresários, congelou salários e cortou a ajuda governamental esse
fator provocou um aumento de 100% em coisas que vão desde o pão até o
combustível, isso devido às importações de trigo e petróleo. Já em caráter
nacional tiveram outros fatores que contribuíram para o desgaste de Jânio
Quadros enquanto presidente, dentre esses podemos citar a proibição de brigas
de galo, o uso de lança- perfume nos bailes carnavalescos e o uso de biquíni
nas praias.
Negando-se
a manter alinhamentos do Brasil com os EUA, Jânio buscou uma aproximação com a
União Soviética e China, países de caráter comunistas, chegando a condecorar o
ministro cubano Ernesto “Che” Guevara, em 19 de agosto de 1961, com todas as
honrarias disponíveis da nação brasileira.
Após
essa homenagem foi acusado por Carlos Lacerda de ser um comunista, e de querer
trazer para o Brasil o modelo de Ditadura Comunista. Assim em 25 de agosto 1961,
Jânio renunciou a presidência da republica, deixando apenas uma carta para ser
entregue ao congresso, vindo desta forma a surpreender seus eleitores e
opositores.
CARTA
RENUNCIA DE JANIO QUADROS
2.2-Contexto histórico de João Goulart
A
partir da renuncia de Jânio Quadros, o governo deveria ser entregue a João
Goulart “o Jango”, de acordo com a constituição. Mas, nem todos aceitavam sua
posse, como por exemplo, os chefes militares e os empresários. Chegando a ser da mesma forma que Jânio foi
acusado, de ter ligação com o comunismo internacional pelos militares. Por
outro lado existiram aqueles que eram favoráveis tais como: os lideres de movimento
social e estudantil alguns governadores de estado, principalmente do Rio Grande
do Sul, Leonel Brizola.
Dessa
forma, o país ia caminhando para uma grande guerra civil, então o congresso
propôs uma solução para o fim da crise a saída seria João Goulart aceitar o
modelo parlamentar, e foi o que aconteceu ele aceitou, porém em setembro de
1961 ele começou a querer impor o modelo presidencialista, querendo dar um
golpe. Então com esse impasse foi realizado um plebiscito na qual o povo
escolheria pelo presidencialismo ou parlamentarismo. Assim quase 80% dos
eleitores disseram não ao parlamentarismo, devolvendo antão a chefia do governo
a Jango em seis de janeiro de 1963.
No
governo de João Goulart “o Jango” pode-se observar certa conturbação, pois
havia uma desconfiança por parte dos empresários levando-os a uma diminuição no
investimento. E que teve como consequência a elevada taxa de desemprego, como o
custo das obras públicas era bem elevado, isso obrigava a emitir dinheiro, isso
tudo contribuiu para o aumento da inflação. Ele também prometeu realizar as
reformas de base, sendo elas agrarias, administrativas, bancaria, tributarias,
eleitoral e educacional, com o objetivo de aproximar as camadas populares e dos
setores das camadas medias favoráveis a mudança social. Isso fez com que a
sociedade brasileira ficasse dividida em relação a essas reformas.
Os
grupos que apoiavam Jango, não apoiavam de modo incondicional, houve momentos
que ele não conseguia atender a todos as condições impostas por essas
estruturas, chegando até mesmo receber criticas desse próprio grupo que lhe
apoiava. Aproveitando que Jango estava recebendo criticas do seu lado de apoio,
a oposição tradicional começou a exercer um tom mais duro, mais severo em seus
discursos, e os mais radicais defendiam uma intervenção defensiva no governo.
Dentro desse grupo podemos perceber a presença da mais alta cúpula militar.
Nesse
clima de tensão e quase sem apoio, Jango optou por se aproximar cada vez mais
dos grupos sociais. Em 13 de março liderou um grande comício que seria feito
com o objetivo das reformas de base, que foi realizado em frente à Estação da
Central do Brasil, no Rio de janeiro.
COMICIO
ORGANIZADO POR JANGO EM FRENTE A ESTAÇÃO DA CENTRAL DO BRASIL
2.3-Golpe Militar
Em
resposta a esse comício os opositores realizaram no dia 19 do mesmo mês, uma
marcha da família com Deus pela liberdade, acontecida na cidade de São Paulo,
com cerca de 500 mil pessoas. Porém a gota d água para que ocorresse a revolta
foi um protesto de marinheiro organizado pelo governo e interpretado pela
cúpula militar, como incentivo a quebra da hierarquia militar.
A
MARCHA COM DEUS PELA LIBERDADE
Dessa forma em 31 de março de
1964, o Brasil entra em uma fase considerada inédita e uma das mais difíceis de
sua historia. Acontecia então, o golpe militar de 1964, onde forças armadas tentavam
derrubar o presidente e pôr ordem na nação, alegando assim que o povo poderia
ter segurança e melhores condições de vida, tentando através de intensas perseguições
acabarem de vez com as agitações populares, portanto, o país estava se
reestruturando, se reorganizando. Iniciou-se um período em que foi governado
por militares, onde foi caracterizada por grandes perseguições generalizadas, a
tortura se fazia presente em todos os lugares não importando à hora. Líderes
comunitários foram presos, sindicalistas foram detidos sendo alguns cassados,
exilados e até mesmo mortos. Todas as atividades do povo brasileiro passaram a
ser vigiados minuciosamente, não se sabia mais o que era privacidade nem
tranqüilidade, visto que a qualquer hora poderia-se ser abordado sem se saber
quando ou se retornaria.
Começando
assim um confronto entre militares, estudantes e sindicalistas, o cotidiano do
país estava baseado em ir ao trabalho e retornar a casa com pouca comunicação.
Dessa forma a caça aos comunistas foi o dia-a-dia da policia secreta do
governo. As cadeias ficaram superlotadas, logo que o individuo fosse preso
ficaria incomunicável, e era submetidas as mais diversas formas de torturas. O
numero de presos a partir de 1964 foi absurdamente alto, e em sua maioria foram
mortos e os poucos que se livraram da morte ficaram com problemas psicológicos e
até mesmo de sobrevivência, outros são vigiados, monitorados até hoje. As
experiências dos que passaram por estes momentos mostram os absurdos que foram
submetidos àquelas pessoas que lutaram por dias melhores no futuro do país.
Essas torturas, até mesmo execuções desses
brasileiros por muitos vezes eram feitas em praça publicas, onde causavam pavor
e medo reprimindo toda a população.
IMAGENS TIPICAS DA
DITADURA
Portanto, para aqueles que serviam a
revolução, a corrupção tornou-se praticamente constitucional, diferente daquilo
que era defendido pelo governo, como podemos observar na campanha Jango.
Durante o regime militar não houve eleições, passando assim aproximadamente uns
30 anos, para que ocorresse a volta das eleições presenciais a partir das
“diretas já”. O congresso nacional assumiu a função de preparar um novo texto
constitucional resultando assim em cinco de outubro de 1988 na Magna carta
brasileira, restabelecendo a independência dos três poderes, as liberdades
individuais e as eleições diretas para presidente.
CONCLUSAO
A partir
dessa exposição o que se pode observar é que, toda essa questão de golpe passou
a ser cogitada lá no governo de Janio Quadros, que ao assumir tentou governar à
margem dos partidos políticos. Esse processo desencadeou na sua renuncia,
esperando que o Congresso não aceitasse. No entanto, ocorreu o que ele menos
esperava, pois o Congresso aceitou sua demissão, e impôs ao novo presidente
João Goulart, a condição de que ele só seria empossado se concordasse governar
no modelo parlamentar, assim ele aceitou, mas ao assumir a presidência Jango
promoveu um plebiscito convidando as pessoas a escolherem entre os modelos:
parlamentarismo e presidencialismo, dando ao nosso entendimento, “um golpe
dentro do golpe”.
Assim,
podemos constatar que esse golpe começou a ser planejado, mediante o fator de
descontentamento das autoridades em relação aos governantes em questão.
REFERENCIAS
ARRUDA, José
Jobson de A; PILETTI, Nelson. Toda a historia. 8. ed. São Paulo:
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CAMPOS, de
Flavio; MIRANDA, Renan Garcia. Escrita da historia. 1. ed. São
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SANTIAGO, Pedro.
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Escalaseducacional
S/A, 2010.- (coleção por dentro da historia.)
leiturasdahistoria.uol.com.br
Revistaideias.com. br
Eixodajustica. blogspot.com
Fabiopestanaramos. blogspot.com